sábado, dezembro 24, 2011

Um brinde à VIDA e suas adaptações

Eu não estava muito inspirada para escrever neste final do ano, mas hoje, dia 24 de dezembro, senti que isto me faria um pouco melhor, e cá estou em um momento piegas, refletindo sobre o ano que passou. Final do ano passado eu escrevi sobre as redescobertas da minha vida, relativamente certa do meu destino aqui em Rio Preto, do amor que eu vivia, dos amigos que eu tinha, da vida que eu tinha estabelecido...que ingenuidade.

Aproveitei bastante o ano sim, realizei sonhos como comprar e decorar meu apartamento como eu sempre quis, conheci o outro lado do mundo através da viagem mais incrível que já fiz, curti muito as pessoas que amo, selecionei amigos que pouco me agregavam, intensifiquei e retomei com aqueles que me são verdadeiros, abri mão de coisas supérfluas pela minha família e valores...enfim, vivi feliz...entre altos e baixos, e muitas reviravoltas.

Como muitos já sabem, não moro mais em Rio Preto, entre perdas e adaptações fui obrigada a reencontrar algo que tinha perdido, a minha alma não comodista. Só consigo pensar naquela propaganda que diz que "não são as respostas que movem o mundo, e sim as perguntas"...e estas mudam a todo momento, obrigando-nos a uma adaptação, nem sempre desejada. Hoje estou em um projeto no Rio de Janeiro e procuro não pensar onde estarei no mês seguinte, desisti de ter todas as respostas. Acho engraçado que, ao comentar onde estou morando, todos se alegram e pensam que tenho a maior sorte do mundo por morar nesta cidade cheia de encantos mil. Sim, é uma benção o visual daquela cidade, mas sair de perto da minha família e recomeçar mais uma vez não é fácil...nunca foi. Só agradeço a Deus pela minha capacidade de adaptação e pela saúde para lutar.

Saúde, há tempos este tem sido meu único desejo para os anos que se aproximam. Quando saí da entrevista que fiz sobre ir para o Rio de Janeiro, a primeira pessoa para quem mandei uma mensagem foi para um amigo que havia se mudado para lá...recebi dele inúmeras mensagens alegres e ansiosas me convencendo a aceitar a proposta, que eu não estaria sozinha, pois ele me ajudaria na adaptação...coisa que nunca aconteceu, desde que me mudei para o Rio ele já se encontrava internado, de onde não mais saiu. E não houve um dia sequer que não olhei para a cidade maravilhosa e pensei nele e em sua família, em seu filho, e esta não me parecia mais tão maravilhosa assim.

Hoje perdi este amigo, quem é de Rio Preto com certeza sabe quem era Neto Teixeira, ele era onipresente...ele e sua alegria de viver. Eu o conhecia há muito tempo, desde sempre, mas como ironia do destino foi em 2011 que realmente nos tornamos amigos. Acho que nunca lhe disse que até tinha birra dele no passado, tenho a lembrança de um carnariopreto ele com aquele extintor de coquinho me espirrando na cara, de brincadeira lógico, mas porque eu estava com um grande amigo dele, e rolava aquele ciuminho bobo de amigo do paquera. Enfim, a paquera acabou há anos, e a minha amizade com ele se tornou uma das melhores coisas neste ano que passou.

O que eu levo disso tudo que vivi? Que a sensação "estar bem" é muito relativa. Bem mesmo estávamos no útero das nossas mães, sem preocupações, e mesmo assim fomos obrigados a sair para crescer e evoluir....e qual a nossa reação? Choramos...é o normal, o bebê que não chora ao nascer é preocupante! Então hoje, apesar de "estar bem", eu choro, não consigo conter as lágrimas...choro ao lembrar das risadas que meu amigo me proporcionou, da torcida pelo nosso tricolor, das dezenas de vezes que ele fez a banda cantar parabéns no meu aniversário, do quanto ele fazia um simples restaurante mexicano se transformar com sua chegada, do apoio que ele me deu para aceitar um novo desafio, do amigo, pai, filho e profissional que ele foi...choro pelo mundo que, em meio a tantas pessoas cruéis que nos deparamos, perde um ser humano tão espetacular. Choro em agradecimento por ter se tornado sua amiga este ano, e pela árdua adaptação que todos nós sofreremos sem a sua presença.

Portanto, que todos aproveitem  não só este final do ano, mas toda a sua vida, com as pessoas que amam...e que Deus dê muita saúde a todos, e capacidade de adaptação às linhas tortas da vida, por mais injustas que possam parecer. Problemas, todos temos, mas que a gente consiga relaxar e disseminar amor e alegria...é isto que desejo!

Um brinde à VIDA, que você se faça merecedor de cada segundo dela.

Beijos no coração de todos!

quarta-feira, outubro 05, 2011

Steve Jobs...até no fim me ensinando a recomeçar!

Nesta noite em que o mundo recebeu a triste notícia da perda de um gênio da nossa época de maravilhas tecnológicas, eu começo a analisar a trajetória dele e através de suas palavras consigo voltar aqui no blog e escrever sobre a minha vida nestes últimos dois meses. Em seu famoso discurso para um grupo de formandos da universidade de Stanford na California, Steve Jobs cita em determinado momento:

"E aí fui demitido. (...) O que tinha sido o foco de toda a minha vida adulta tinha ido embora e isso foi devastador. Fiquei sem saber o que fazer por alguns meses. Senti que tinha decepcionado a geração anterior de empreendedores. Que tinha deixado cair o bastão no momento em que ele estava sendo passado para mim. (...) Foi um fracasso público e eu até mesmo pensei em deixar o Vale [do Silício]. Mas, lentamente, eu comecei a me dar conta de que eu ainda amava o que fazia. Foi quando decidi começar de novo. Não enxerguei isso na época, mas ser demitido da Apple foi a melhor coisa que podia ter acontecido para mim. O peso de ser bem sucedido foi substituído pela leveza de ser de novo um iniciante, com menos certezas sobre tudo. Isso me deu liberdade para começar um dos períodos mais criativos da minha vida. Durante os cinco anos seguintes, criei uma companhia chamada NeXT, outra companhia chamada Pixar e me apaixonei por uma mulher maravilhosa que se tornou minha esposa."

De repente era Mr. Jobs falando da vida de Fernanda Gomes Luz Braga.

Em 19 de agosto de 2011 eu estava no escritório por volta da 1 da tarde quando recebo um telefonema do trabalho para pegar o primeiro vôo até São Paulo, pois minha presença se fazia necessária por lá. Minha intuição feminina me alertou, mas a gente desacredita no que os seres humanos são capazes de fazer em certos momentos de imaturidade. Sim, eu fiz malas, meus pais me levaram até o aeroporto, cheguei de táxi ao escritório de São Paulo em uma sexta-feira às sete da noite para ouvir pessoalmente que estavam me demitindo. Sem maiores explicações, se é que nessas horas algo explica, nem Freud....ainda mais depois de seguidas avaliações positivas de desempenho e um discurso de que era um dos únicos três gerentes considerados potenciais para subir na companhia.

Assim como Steve relatou, fiquei sem chão, principalmente por ser alguém que se dedicou a fortalecer o pilar profissional, alguém que há 12 anos não sabe o que é acordar e não ter que ir trabalhar. Chorei a noite toda, me escondi de uns, briguei com outros, pensei em todos os piores cenários possíveis e imagináveis. Tinha vergonha de encarar meus pais, tinha medo de ter que desfazer meu apartamento que acabei de montar, tinha pavor de ficar devendo pra alguém, nem que fosse pra minha família. Perdia o sono todas as noites, alternava entre inquietação e calafrios debaixo das cobertas durante o dia ensolarado. Não me dava o direito de tomar sol, afinal não estava de férias. Tentava planejar em vão, me desesperava em incertezas. Esboçava um sorriso, uma descontração, ainda bem que existem parentes e amigos que compreendem e conseguem te deixar a vontade até nessas horas. Ah, e terapia, claro...o que seria de minha mente pisciana sem ela?

Por causa do meu cantinho montado com tanto carinho, e principalmente pelo meus pais, eu queria ficar em Rio Preto. E isto me gerou um bloqueio psicológico enorme para buscar emprego em São Paulo novamente, eu simplesmente não conseguia. Pensar em fazer mudança mais uma vez, encarar a cidade da garoa com seu trânsito infernal, despertar emoções passadas, e pior, pensar em voltar para as horas e horas trabalhando sem cessar em consultoria...soava como um pesadelo. Em contrapartida, no interior a vida tranquila demais, onde não aparecia uma vaga interessante sequer, salários baixos, amadorismo em alta. E o tempo passando...um mês e meio que pareceu uma eternidade.

De repente um desafio surgiu...completamente inesperado, mas podemos dizer que já sonhado...muitas vezes por sinal. Mais uma vez remetendo a Steve, tive a chance de me sentir iniciante de novo. Depois de muito pensar a respeito, desafio aceito. Hoje estou em São Paulo, comecei um novo projeto há três dias, moro em um flat pela empresa, vou até o escritório caminhando, me sinto produtiva de novo, aprendendo coisas novas, trabalhando com gente que sou fã desde pequena...e voltei a enxergar diversas alternativas e soluções. Nunca tive medo de lutar, aquela sensação de fracasso passou...só realmente fracassa quem se entrega, e esse nunca foi meu perfil. Tive momentos frágeis, picos de ansiedade marcados por palpitações e desejo de ficar na minha zona de conforto para sempre...mas aquela não era eu, e isso que me deixava ainda mais ansiosa...queria saber quando eu voltaria a me enxergar no espelho!

E graças a Deus não demorou...no dia em que ficou definida a data de início do meu novo trabalho, eu vesti o biquini e o sorriso no rosto, e fui para a chácara dos meus pais. Assim que cheguei meu pai me recebeu com a seguinte frase: "a Fefa está de volta!". E foi isso mesmo, voltei mesmo tendo que partir...e aí sim curti uma semana de férias, aceitando mais uma vez a prova da vida de que não nasci para a rotina.

Obrigada Steve Jobs pela lição de vida, por expor suas fraquezas, sua suscetibilidade aos problemas de qualquer ser humano, o que não o impediu de brilhar e deixar um planeta curvado aos seus feitos tecnológicos, e a um chefe de família admirável.

Por um mundo com mais Steve Jobs e mais recomeços!


"Have the courage to follow your heart and intuition. They somehow already know what you truly want to become. Everything else is secondary."

"Tenha coragem de seguir seu coração e sua intuição. Eles, de alguma forma, já sabem o que você quer se tornar. O resto é secundário."

(Steven Paul Jobs 1955-2011)

segunda-feira, julho 18, 2011

O fim de uma era?!

Nas aulas de História durante o ginásio (é, to antiga e não sei o que é ensino fundamental, essas nomenclaturas novas), lembro de estudar os períodos e ainda ter de colocá-los em uma cartolina em forma de linha do tempo...quem estudou no velho Anglo de Rio Preto, vai se lembrar da professora Magda. E foi esta imagem que me veio na última sexta-feira...uma era de 30 anos se encerrava, com apogeu de uns, queda de outros, hino e tudo o que se deve ter.

É a queda daquela rua que quase não passava carros, onde me sentia segura brincando até de madrugada, daquele corrimão da escada que parecia tão alto e levar bronca ao escorrega-lo valia a pena pela adrenalina que causava. A queda do relógio que eu ficava fitando os segundos até bater 15 horas para que minha mãe me liberasse para a piscina após o almoço, a fim de evitar uma congestão. A queda da esquina onde tomei trote ao entrar na faculdade, do quarto onde sonhei e sofri com meu primeiro amor, e depois com muitos outros...até hoje...da antiga sala de som que tinha almofadas retangulares, que empilhadas se transformavam em um túnel que divertia a mim e a meus sobrinhos mais velhos.

Sendo assim veio o apogeu do bairro, cheio de clínicas, restaurantes e estabelecimentos comerciais de alta qualidade...do movimento nas ruas, todas monitoradas pela irritante zona azul, e ensaiando um início de trânsito. Veio o apogeu da maturidade da família, onde cada um tem a sua casa própria, e meus pais enfim poderão cuidar da vida deles, sem ter filhos, parentes e agregados tomando conta daquela antiga "casa da mãe Iraí"...apesar que tenho a impressão de que, seja onde for, isso não acabará por completo jamais...

E o hino que tocava era dos meus passos que ecoavam em um silêncio ensurdecedor enquanto transitava por entre os cômodos daquele lugar que já teve tanta vida, tantos móveis, tantas vozes, tanto amor. As lágrimas escorriam na minha face, a sensação era de uma guerreira voltando ao seu forte e encontrando-o destruído, eu era Scarlett O'hara voltando à Tara após a guerra, o personagem de Tom Cruise em Vanilla Sky encarando Times Square vazia.

Mesmo que com 2 anos de idade, eu "construí" aquilo ali...e mesmo tendo saído com 16 anos, nunca deixou de ser meu quartel general, meu endereço que nunca mudou, meu porto seguro. Viajei pelos sete mares, mas sempre foi naquela esquina da Redentora onde preservei o meu maior tesouro, minhas melhores lembranças, minha gente, minha casa, meu lar. E neste último ano, em que voltei, pude me despedir melhor...curtir um pouco mais antes de encerrar esta era.

Minha vida particularmente teve outros tantos marcos, e mudanças, e casas...mas defini esta como uma era pela abrangência de influência que ela teve, não foi só a minha vida, e sim de toda a família, agregados, amigos, parentes, conhecidos...já ouvi diversas vezes na rua ao conhecer alguém: "nossa, já estive em uma festa na sua casa!"...ah, se aquelas paredes falassem...mas não soltam uma palavra sequer, e desde sexta-feira se encontram mais caladas do que nunca.

Aos prantos na terapia tudo ficou mais claro, esta sensação de perda é simbólica, sobre um tempo que não volta mais. A casa ainda é nossa, meus pais e minha avó estarão bem melhores na chácara, e eu no meu apartamento que está ficando uma graça, e as memórias para sempre estarão comigo. Foi uma era próspera, feliz, marcada por grandes momentos, altos e baixos, mas sempre regida por muito amor. E que venha a próxima...quem sabe será o início de uma era realmente construída por mim? De tijolo em tijolo é onde espero chegar...a um lar tão marcante como este.


quarta-feira, julho 13, 2011

Eu voltei......agora pra ficar ?!

Depois de um longo e tenebroso inverno...ops...nem longo, nem tenebroso, afinal passei um mês em lugares bem quentes, e voltei à minha terra onde o frio faz pequenas aparições esporádicas e de baixa intensidade...mas ok, é uma metáfora, e não diz respeito a meteorologia, e sim ao distanciamento que eu estava aqui do blog, e de muitas outras coisas. E a razão de tudo pode soar vergonhosa, mas foi por pura preguiça. Sim, eu estava com preguiça de escrever....e de "otras cositas más"...
E então eu me questiono como posso ter voltado de férias maravilhosas, que duraram quase um mês, e já estar com preguiça? E percebo que a preguiça tomou conta de mim justamente no momento em que o avião pousou por aqui. Ah, que preguiça da bagunça de Cumbica e do descaso da TAM, que me cobrou excesso de bagagem e não embarcou a dita cuja, preguiça de chegar e encontrar algumas mesmices, de enfrentar pontadas de inveja, de explicar o óbvio, de abafar sentimentos, de fingir não ouvir, de chacoalhar os fúteis, de pagar impostos que nada retornam, de engolir seco, de sufocar o grito........preguiça da realidade!
Não estou reclamando da vida, nem do Brasil, ou de Rio Preto...não sou de procurar culpa não, já morei em outros lugares e sei que o sentimento para mim sempre foi o mesmo em qualquer canto, é inerente ao ser humano...ou pelo menos à minha pessoa! É inevitável que quando saímos do caixote em que vivemos temos uma outra perspectiva dele, olhamos outros e questionamos se o que achávamos bom é realmente o melhor que podemos fazer....em todos os aspectos. Mas em contrapartida também reconhecemos o que temos, e aprendemos a dar valor.
Ou seja, toda esta "preguiça" é recompensada pelo abraço que recebi dos meus pais no aeroporto, ansiosos com olhos marejados e as vozes engasgadas de saudade...com a reação da minha avó, que mesmo sem lembrar meu nome por causa do Alzheimer, mostrou que sentiu minha falta ao dizer com um sorriso tranquilo "ufa, achei que você não ia voltar"...com as sobrinhas penduradas no pescoço, os irmãos ávidos por saberem tudo que passei sem suas devidas supervisões, a Nice me esperando com strogonoff e bolo de chocolate, e a sensacional corrida para todos os lados da casa seguida de lambidas do Johnnie...com o carinho dos amigos reais através de demonstrações virtuais e presenciais, com minha mesa no trabalho me esperando em um novo layout, com meu apartamento inacabado aguardando minhas decisões, com meu carro empoeirado na garagem. Tudo isso pode não parecer o melhor na perspectiva de quem olha de fora, mas para mim é o melhor da vida, por ser real...e por ser meu, frutos de minhas conquistas.
A preguiça para algumas coisas continuam...e não acho ruim, acho que haverão coisas que terei preguiça sempre, é meu pecado capital confesso...e acho bom ter esta "preguiça" de valores que não aceito, acho bom questionar, acho bom enxergar, acho bom sair e reciclar, acho bom não me acomodar, acho bom escolher em que lado ficar, acho bom lutar, e se preciso mudar, e...ahhhhhh como acho bom viajar............e sempre que volto, mesmo cheia de preguiça, concluo o quanto é bom...ter para onde voltar!

segunda-feira, julho 11, 2011

Singapore at Night

A primeira noite não consegui sair de casa devido ao jet lag...não tinha forças...mas na segunda noite já quis sair para jantar...nada de balada, na verdade nada de balada durante toda a viagem, não tava nesse ritmo...mas sair para jantar sempre será um dos meus passeios prediletos, ainda mais em viagens né?

E nesta segunda noite fui parar em um restaurante mexicano...aaaaaaaa como me encanta los tacos, burritos, chili, las quesadillas y el Mojitoooooo. Enfim, o restaurante fica em um complexo de bares e baladas, chamado Clarke Quay (http://www.clarkequay.com.sg)...muito bacana....e lotado, como tudo na Ásia...haja lugar para tanta população !!!

Comemos no mexicano por vontade de variar e comer algo que nos agradava...mas o que chamou a atenção mesmo foi um restaurante que eu já ouvido falar na internet e nem tinha me ligado que era em Singa...o "The Clinic" (http://theclinic.sg/) que é um restaurante temático de hospital...ou seja, você senta em cadeiras de rodas ou em camas de hospital, acima da sua cabeça estão "lustres" iguais às luzes de um centro cirúrgico, são servidas bebidas em seringas e em bolsas de soros...tem gosto para tudo, mas achei um tanto quanto macabro, sei lá...não gosto do ambiente hospitalar, definitivamente!

Além disto, para nós Brasileiros, sempre bom saber que lá em Clarke Quay também tem uma churrascaria tipo Brasileira (http://www.senorsantos.com/), olha que maravilha! Tudo bem que o nome é em espanhol, Señor Santos, e sabemos que nunca será a mesma coisa que nos deliciarmos com um rodízio tupiniquim, mas é sempre uma boa opção para matar um pouco a saudade de casa.

No sábado fomos jantar no restaurante Ku de Ta (http://www.kudeta.com.sg/), que fica no topo do hotel Marina Sands Bay (o da piscina), ou seja, dispensa maiores comentários...um arraso! A começar pela vista lá de cima...estonteante! E o ambiente é bacana, a comida boa, e depois fica um DJ e aquele esquema lounge...perfeito para um sábado a noite!

Após nosso giro em Bali, Tailândia e Malásia...voltamos a Singa e para curtir minha última noite, fomos ao Raffles Hotel (http://www.raffles.com/EN_RA/Property/RHS/), que é luxuoso e belíssimo !!! A primeira parada foi no Long Bar, que todos recomendam por ter sido o "pai" do famoso drink local, o Singapore Sling. Confesso que não gostei do bar, ele é mais rústico, bacana a decoração, mas é estranho um hotel tão luxuoso ter um bar em que o chão está lotaaaaaado de cascas de amendoim. Juro, parecia filme do Indiana Jones quando ele pisa em insetos e assusta para ver o que era...éramos nós com os amendoins, achei sem noção. Sem contar a música, ao vivo, que era bem devagar...entramos e tocava "Unforgettable"...linda, mas não condiz com o tipo do bar e muito menos com o "mood" que estávamos. Achei muito contraste a música, os amendoins, a decoração e o público...não ficamos, descemos para o bar aberto do hotel, o Courtyard, cujo visual era muito mais lindo e a champagne rosé deliciosa...rs masssss a cozinha já havia fechado, então partimos para comer em outro lugar, atravessando a rua.

E chegamos a mais um complexo de restaurantes, bares e opções para a noite em Singa, o Chijmes (http://www.chijmes.com.sg/) ...e pasmem, o que chama atenção no visual a noite é a iluminação de uma igreja católica, coisa raríssima...e era antigamente um convento! E lá tem diversas opções para jantar, optamos por um restaurante que oferecia de tudo um pouco, comi uma massa muito boa e tomei um Mojito para despedir...de repente vejo uma baladinha, um inferninho com música ao vivo, enquanto o pessoal pedia a conta resolvi entrar e conferir, era de graça...fiquei exatos 18 segundos lá dentro...ahahahaha não adianta, o público local não me empolga...eeeeeee saudade do povo Brasileiro!

sexta-feira, julho 01, 2011

Entertainment City

Sábado de manhã chuvoso em Cingapura...enquanto uma foi para o Jardim Botânico fazer curso de orquídeas, eu e a Re Diniz partimos para um mundo de fantasia...é, acho que este é o nome mais adequado para definir Sentosa, uma Disney/Las Vegas "wannabe" de Cingapura.

Para chegar até lá, adivinhem? Você tem que ir a um........shopping ! Ô povo que gosta de shopping center....nunca vi ! Fomos de táxi até o tal Vivo City e seguimos as placas internas que levariam à Sentosa...sendo que há 2 opções para cruzar a ponte: monorail ou a pé (quer dizer, por esteiras rolantes). Ah, tem outra opção também que é um bondinho gigante, mas custava mais, demorava mais e sinceramente dava um pouco de medo...vamos ser objetivos e menos preguiçosos...a tal ponte cheia de esteiras rolantes é o melhor caminho!

Do outro lado a minha sensação era de estar nos Estados Unidos! É cobrado 1 dólar singaporiano para entrar no complexo...ou o bilhete do metrô. Aí você vai a um totem que disponibiliza mapinhas em diversas línguas para se localizar e planejar sua visita. De praia artificial a Universal Studios, passando por um cassino, hard rock cafe e hotel, e ainda um shopping de luxo que possui a única Victoria's Secret fora dos EUA e Canadá. O que mais posso querer??

Ah posso querer mais sim...tipo um mar menos oleoso com frequentadores mais bonitos e que usem roupas de banho....sim, porque a água do mar é horrível, e as pessoas entram de roupa, até de burca! Além da beleza ter passado longe por ali...judiação, mas é verdade! Outra coisa que senti falta é que a Victoria's Secret não tem os preços a que estamos acostumados nos EUA, além de não vender soutien !!! Ok, as orientais podem não precisar, mas é um ponto turístico e deveria atender o público de fora que tem peito né? ahahahaha fiquei frustrada!

No final da viagem voltamos para curtir o dia no Universal Studios, vale muito a pena, principalmente para uma rollercoaster addicted como eu. Me esbaldei na montanha russa indoor da Múmia (com efeitos especiais, sensacional, como a de Orlando!), e nas duas da Galactica...bom demais! Além disso o visual é lindo, principalmente o cenário do Far Far Away do Shrek, como eu amo este ogro eu me deliciei, além do filme 4D que é uma graça!

Enfim, Sentosa vale muito a pena...a sensação é de estar nos EUA mesmo, o que eu particularmente adoooooooro !!!




quarta-feira, junho 29, 2011

Faith is all we need...

Continuando a viagem, ainda em Cingapura, tiramos a sexta-feira para ir em bairros típicos de comunidades como Little India e Chinatown.

Tivemos uma sorte danada, pois em ambos chegamos em horário de culto...hindu em Little India, e budista em Chinatown.

Adoro observar e sentir a fé das pessoas, por mais diferente que seja da minha, e sem dúvida alguma por mais louca que possa parecer.

No hinduísmo da India (que depois descobri de perto que é diferente do de Bali), todos tiram o sapato para entrar...os indianos chegavam ao templo com caixinhas de leite longa vida e deixavam aos deuses...tinham 2 "padres" que subiam em um altar, faziam sei lá o que, e voltavam com um prato e abençoavam os fiéis que esperavam em uma fila, passando uma cinza na testa deles...

Os deuses deles possuem formas meio animal, meio humano, e podem parecer bem estranhos ao nosso olhar...porém tudo tem uma explicação, uma história, uma crença...e a fé deles é realmente inspiradora, eles até deitam no chão...o lugar é silencioso, e tem uma energia muito leve, pura.

Já no budismo chinês, os sapatos são permitidos, porém você deve cobrir os ombros...há xales disponíveis para os visitantes leigos, como eu. O lugar é muito dourado, vermelho e barulhento...porque durante o culto é lido o mantra...em alto e bom som...e deve haver um significado, o qual não faço idéia...os fiéis acompanham sentados em filas, lendo em um livro grosso de trás pra frente as letrinhas chinesas, todos juntos em coro.

O Deus é o Buda, seja em sua forma serena de olhos fechados, ou em sua forma gordinha e sorridente...fomos a um museu entender um pouco sobre ele, mas tenho dúvidas se ele não me deixou mais confusa ainda...rs

Enfim, deste dia levo 2 lições...primeiro, preciso estudar mais sobre outras culturas e religiões...e segundo, preciso alimentar diariamente a minha fé, porque independente de qual seja, ela é vital...





sexta-feira, junho 03, 2011

Singaporean Point


Cheguei...meia hora adiantada...vôo tranquilo novamente, mas dividi os bancos com 2 surfistinhas, cabelinho Justin Bieber...ninguém merece! Bom, o dia que eu dividir o banco de avião com alguém interessante é capaz do avião não decolar pela tempestade que vai cair...rsrs nunca tive essa sorte !!!

Enfim, as Renatas foram me buscar no aeroporto...fofas...com direito a plaquinha e tudo, e um welcome kit com chocolate local, uma delícia...toda essa empolgação às 7 da manhã e eu há quase 2 dias sem banho e sem um bom sono...mas estava eufórica!

Banho, café da manhã e rua...batemos perna até...Singa é show, toda moderna, organizada, multam se atravessar fora da faixa e até se comer na rua...rsrs o que deixa a desejar é a beleza da população...judiiiii !!! Ah, e a comida também...bem chinesa e com aquele odor não muito agradável...

Primeiro dia foi de compras...fui parar em uma "Galeria Pagé" local ... (ô praga...rs) e adquiri uma câmera a prova d'água show...depois Orchard Road, só as melhores marcas, e detalhe...filas para entrar nas lojas...bom, não resisti a uma bolsa da Gucci...ou seja, gastei quase que todo o budget no primeiro dia...preciso me controlar!

O jeito é dormir...ou melhor, capotar...7 da noite...até a madrugada! E viva o fuso horário, 11 horas a mais que o Brasil !







quinta-feira, junho 02, 2011

South African Point

Nunca achei que fosse tão rápido e fácil chegar à famosa África! Sete horas e pouco de vôo e cá estou, em um continente até então desconhecido e misterioso pra mim.
Mesmo estando sozinha em 2 bancos dormi bem pouco, estava eufórica pela viagem e últimos acontecimentos...tomei um bom vinho shiraz, jantei e me deliciei com uma seleção de músicas sensacional (vide * abaixo), e assisti o filme do Adam Sandler e da Jennifer Aniston, que ela se finge de ex-esposa...uma graça...típico, previsível, mas chorei...rs
Além das boas escolhas de entretenimento e refeições, ponto positivo para a simpatia dos comissários e os talheres de metal mesmo na classe econômica, faz muita diferença...só faltou mesmo o telefone poder twittar...rs
Ah, detalhe que saí de SP às 18 horas e cheguei em Joanesburgo às 7 da manha, porém 3 da manha no Brasil...ou seja, aí sim me deu sono...e meu vôo para Singapura era só às 14 horas. Rodei todas as lojas do aeroporto, quis comprar tudo quanto é artigo africano, mas me segurei...tentei conectar o blackberry de todo jeito, sem sucesso...e então só me restou fazer algo que sempre condenei...deitar nos bancos do aeroporto e dormir...fiquei perambulando, encostando e cochilando...foi hilário...confesso que nao dormi mais porque não tinha uma coberta...tava um frio do carambaaaaaa por lá !!!
Enfim, chegou a hora de partir da África para a Ásia...Singapore Airlines, as aeromoças vestem roupas típicas, uma graça...mas isso é outro post...






Surprising Point

Aeroporto internacional de Guarulhos, vôo tranquilo até aqui...céu azul, friozinho com sol ao descer do avião, e de repente uma tempestade em meu celular...
Para quem comentou no post anterior que meus pais ainda são aqueles que se despedem de mim no aeroporto, estava bem enganada...
Não tenho mais palavras para descrever as pouquíssimas e intensas horas que passei neste aeroporto, nem foto eu consegui tirar para representar este momento! Digamos que meus "blackberry eyes" ficaram cegos, surdos e mudos...assim como minhas mãos geladas e trêmulas.
Sei que magoei pessoas queridas, assim como temia, mas vou concentrar na viagem, que pelo visto promete...
Entro no avião, rumo a Joanesburgo, e ninguém senta do meu lado...sigo sozinha em 2 bancos...e é assim que vou ficar por enquanto, com o lugar ao meu lado vago...

terça-feira, maio 31, 2011

Starting point

Passei a noite com esse iceberg no ventre, misto de ansiedade, vontade, expectativas, temores. Essa experiência está longe de ser a primeira deste tipo que passo, mas é sempre emocionante, ainda mais quando o lugar é novo, muito novo...diferente, muito longe, literalmente do outro lado do mundo!

Trinta e dois anos mas ainda são meus pais quem se despedem de mim no aeroporto, e eu amo isso! Me sinto privilegiada por ter uma família que cultiva este hábito de levar e buscar quem ama.

Mamãe morre de orgulho da filha aventureira, ela como eu é a tal "peixe que nada para cima", por mais que sofra de saudade, ela aguenta firme para ver a filha desbravar o mundo e romper fronteiras.

Papai merecia um texto a parte...lágrimas nos olhos e voz engasgada ao me abraçar, já louco pela hora de eu voltar, para se certificar que estarei inteira, como um pai zeloso e ciumento que é.

E eu? Firme, forte, feliz, mas querendo roer as unhas...louca para chegar ao destino e desmitificá-lo. Uma desvantagem de morar em Rio Preto é a distância de um vôo a mais para qualquer viagem internacional...ou seja, ainda estou no primeiro aeroporto...restam mais três e muitas horas até eu encontrar o primeiro pit stop da jornada...for now, see you later Black River!

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quarta-feira, maio 25, 2011

"Attraversiamo"

Dormi cedo, perdi o sono na madruga...as usual! Resolvi assistir novamente o filme "Comer, Rezar, Amar"...achei que caberia bem no momento...BINGO!

Só quero saber se encontrarei o Ketut em Bali...ahhhhh era tudo que eu precisava! rs

"No fim, comecei a acreditar em algo que chamo de física da busca. Uma força governada por leis da natureza tão reais quanto a lei da gravidade. A regra da física da busca é assim: se tiver coragem de largar tudo que é familiar e confortante, que pode ser sua casa ou arrependimentos e sair em busca pela verdade seja, ela externa ou interna. Se considerar uma dica tudo que acontecer na jornada, e aceitar todos que conhecer como um professor. E se tiver preparado para enfrentar e perdoar realidades difíceis sobre si mesmo, a verdade não será retida de você."

“…I’ve come to believe that there exists in the universe something I call “The Physics of The Quest” – a force of nature governed by laws as real as the laws gravity ormomentum. And the rule of Quest Physics maybe goes like this: “If you are brave enough to leave behind everything familiar and comforting (which can be anything from your house to your bitter old resentments) and set out on a truth-seeking journey (either externallyor internally), and if you are truly willing to regard everything that happens to you on that journey as a clue, and if you accept everyone you meet along the way as a teacher, and if you are prepared – most of all – to face (and forgive) some very difficult realities about yourself….then truth will not be withheld from you.”

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quinta-feira, maio 19, 2011

She's got a ticket to ride...

Já foi uma "viagem" conseguir férias, companhia, definir destino, juntar milhas e ainda provar para a atendente da loja da TAM em Rio Preto de que era possível emitir passagem para tal destino...rs

But now it's done......and I can barely wait for the 31st to come!

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segunda-feira, abril 18, 2011

One love, One life...

Domingo passado fui mais uma vez ao show que mais amo, o show do U2...e voltei extasiada, maravilhada, como se fosse a primeira vez. Bono Vox no palco é algo surreal, uma energia inigualável, e as músicas mexem com a platéia...e comigo. A minha preferida? Não consigo escolher uma...mas talvez escolho uma do momento...e neste caso, foi "One".

Vivo este momento "One"...o que pode ser entendido como um momento único, mas principalmente um momento individual, com lugar apenas para UMA pessoa...ou seja, o meu lugar. Sim, a música se refere a UM AMOR...e eu reitero o que disse, eu vivo este amor, por esta única pessoa...eu mesma !

Após o último post deste blog ("O fim do amor?!) pode-se imaginar que a minha volta todos querem saber se estou bem, se já tenho um novo amor, ou pelo menos um pretendente a ocupar este lugar, ou ainda se vou voltar com o amor antigo. Sim, tenho um velho amor ainda e sempre...o amor próprio. Estou numa fase tão bem comigo mesma que não tem sobrado lugar para outra pessoa, e isto me faz ter medo de magoar quem possa querer meu bem, querer estar ao meu lado, com as melhores intenções possíveis, em um momento em que não estou no mesmo pique.

Neste último mês comprei um carro que sonhei (não é a Range Rover ainda, mas um passo de cada vez...), assinei o contrato e peguei as chaves de um apartamento lindo que adquiri com meu esforço (endividada a longo prazo, é verdade, mas isso só me dá mais ânimo a trabalhar ainda mais), me diverti com amigos de todas as tribos, "casei" com Bono Vox, estou planejando viagens, projetos paralelos, a reforma e a mudança, enfim...estou me namorando, podia até colocar no facebook o status: em um relacionamento sério !

Se ainda quero o amor que sempre sonhei, um cara companheiro, trabalhador, que viaje pelo mundo ao meu lado, que tenha os mesmos valores, afinidades semelhantes, uma química borbulhante e que me respeite acima de tudo? Mas é claro que quero ! Só que neste momento confesso que tenho receio de acabar buscando cobrir o antigo amor com um potencial novo amor...já tentei aquele negócio de esquecer o amor sofrido com outro cara bacana e não deu certo...e acabei magoando gente que não merecia...preciso encontrar a felicidade de outra forma antes, para ter certeza do que quero.

Resumindo, estou naquela fase "piegas" de cuidar do jardim para atrair as borboletas, sabe? Eu só me atraio e me apaixono por alguém que admiro, que me passa segurança, que me faça sentir bem ao lado dele...ou seja, a recíproca deve ser verdadeira...eu preciso estar assim para que os outros se apaixonem por mim. Estou buscando em mim mesma esta admiração, esta segurança e este bem estar obtidos com a minha única e exclusiva companhia...e tem sido uma delícia de relacionamento! Assim imagino que quando estiver preparada, este outro One se juntará a mim de forma natural...e com todas essas sensações mútuas....respeitando suas individualidades mas vivendo um momento único, juntos. Aí sim...

quarta-feira, abril 06, 2011

quinta-feira, março 17, 2011

O fim do amor?!

Quando um relacionamento acaba passamos por inúmeras e diferentes sensações. Eu estou na fase do desabafo, taí o motivo de estar aqui no blog, de madrugada. Aquela sensação de precisar colocar pra fora...alguns falam (difícil pra mim...), outros choram (vivi a fase luto...), eu agora escrevo. Nem sei se irei publicar, mas preciso escrever...e o engraçado é que em 6 anos de idas e vindas com o mesmo namorado eu nunca o fiz antes, acho que era isso que faltava, escrever. Será que escrevo para colocar o ponto final ou só consigo escrever agora porque o ponto final desta vez foi colocado? Tanto faz.

Hoje fui à terapia, ela de cara me achou mais magra e ficou preocupada, na hora rebati que reiniciei a dieta, ou seja, o emagrecimento não é de sofrimento, pelo contrário, me encontro inexplicavelmente bem, estas foram minhas palavras. E as dela? "É explicável sim". Passei a sessão inteira esperando esta explicação, a qual não veio dela, e sim de mim mesma. O melhor da terapia é que ela nos leva a tirar as conclusões sobre nós mesmas, isso faz tão bem, não é ninguém te dizendo o que você sente, pensa, quer ou ama, o profissional te auxilia a chegar no seu próprio desfecho, acho isso fantástico (já disse isso antes, acho que ainda farei psicologia um dia...).

Sim, estou com insônia. Tenho dificuldade para dormir cedo, mas nas últimas semanas tem sido mais difícil, muita coisa na cabeça. O curioso é que nesta "muita coisa" resta pouquíssimo do antigo relacionamento, e muitíssimo das inúmeras possibilidades existentes fora dele (não estou falando de outros relacionamentos, e sim no geral). Não, não deixamos de amar de um dia para o outro, e muito menos esquecemos do que vivemos como em um passe de mágica, isso é ilusão. Mas aos poucos ocupamos a cabeça com outras coisas que passam a ter mais prioridade, um processo natural, mais ou menos lento, o qual depende de cada um e de seu momento. Quem olha de fora acha que o meu processo foi ultra rápido, mas não foi, ele acontece há quase 6 anos. Digo isso porque há quase 6 anos tento fazer dar certo, todos fazemos isso quando nos relacionamos, e só estamos preparados para "jogar a toalha" quando esgotamos as possibilidades para que isso aconteça. Enquanto não atingimos este momento não há uma sensação de paz, não deitamos a cabeça no travesseiro e dormimos tranquilos.

Agora você pergunta, mas e essa insônia? Por que não coloca a cabeça no travesseiro e dorme tranquila? Como eu disse, hoje estou agitada pensando em outras coisas e nem chego a deitar a cabeça durante a insônia...mas quando o faço, durmo tranquila. Tão tranquila que é difícil acordar de manhã, e esta sempre fui eu...ave noturna, como diria meu saudoso avô (mais uma pérola dele...rs). E eu durmo tranquila agora porque amanhã é sexta-feira e eu não tenho que me preocupar com o esforço que farei no fim de semana para estar com quem amo, se a família dele sabe da minha vida e dos meus valores, e muito menos se ele está com a mesma preocupação que eu estou em fazer dar certo. E essas representam apenas uma pequena parte das milhões de questões e paranóias que rodavam a cabecinha desta pisciana quanto a este relacionamento. A terapeuta não me achou mais magra, me achou mais LEVE.

E então, o amor acabou? Com certeza não, tenho minhas dúvidas se ele acaba. Acaba o relacionamento, acaba a convivência, acabam os telefonemas, encontros, presentes, carinhos, risadas. Acaba o tesão, acaba a admiração, acaba o respeito, acaba a vontade, acaba a esperança, a expectativa, o sonho. Acaba tudo, menos o amor. Este se transforma...em um amor que aos poucos foi abafado pelo fim de todo o resto...mas mesmo neste formato diferente, ele sempre estará ali. E saber reconhecer este amor diferente é que me faz seguir adiante. A renovação do amor é o que nos move...e ainda espero que um dia eu o renove diariamente com a mesma pessoa, como fazem meus pais há mais de 46 anos.

segunda-feira, fevereiro 14, 2011

Where to go?

There will always be so many options to choose...thank God!

(pictures taken in Brasilia, Brazil, February 2011)
Enviado através do meu BlackBerry® da Nextel

terça-feira, janeiro 25, 2011

457 anos de São Paulo, minha terra natal !!!


(Fernanda's blackberry eyes: foto de 16 de agosto de 2010)

Sampa (Caetano Veloso)

Alguma coisa acontece no meu coração
Que só quando cruza a Ipiranga e a avenida São João
É que quando eu cheguei por aqui eu nada entendi
Da dura poesia concreta de tuas esquinas
Da deselegância discreta de tuas meninas

Ainda não havia para mim Rita Lee
A tua mais completa tradução
Alguma coisa acontece no meu coração
Que só quando cruza a Ipiranga e a avenida São João

Quando eu te encarei frente a frente não vi o meu rosto
Chamei de mau gosto o que vi, de mau gosto, mau gosto
É que Narciso acha feio o que não é espelho
E à mente apavora o que ainda não é mesmo velho
Nada do que não era antes quando não somos mutantes

E foste um difícil começo
Afasto o que não conheço
E quem vende outro sonho feliz de cidade
Aprende depressa a chamar-te de realidade
Porque és o avesso do avesso do avesso do avesso

Do povo oprimido nas filas, nas vilas, favelas
Da força da grana que ergue e destrói coisas belas
Da feia fumaça que sobe, apagando as estrelas
Eu vejo surgir teus poetas de campos, espaços
Tuas oficinas de florestas, teus deuses da chuva

Pan-Américas de Áfricas utópicas, túmulo do samba
Mais possível novo quilombo de Zumbi
E os novos baianos passeiam na tua garoa
E novos baianos te podem curtir numa boa

segunda-feira, janeiro 17, 2011

My blackberry eyes


"Quem não compreende um olhar, tampouco compreenderá uma longa explicação" ~Mario Quintana

"O amor é olhar as mesmas montanhas por ângulos diferentes." ~Paulo Coelho

"Just because a man lacks the use of his eyes doesn't mean he lacks vision. " ~Stevie Wonder

"The real voyage of discovery consists not in seeking new landscapes, but in having new eyes." ~Marcel Proust

"Obstacles are those frightful things you see when you take your eyes off your goal." ~Henry Ford

"You can't depend on your eyes when your imagination is out of focus." ~Mark Twain

"The most beautiful thing we can experience is the mysterious. It is the source of all true art and science. He to whom the emotion is a stranger, who can no longer pause and stand wrapped in awe, is as good as dead; his eyes are closed." ~Albert Einstein


Enviado através do meu BlackBerry® da Nextel