Sim, sou solteira aos 35 anos, e isso é bem diferente das minhas expectativas de criança...expectativa esta gerada pela minha criação, o que nos leva a concluir que minha realidade também difere bastante das expectativas da minha mãe e de toda a família. E vamos falar a verdade? Se tem uma coisa que aprendi nessas 3 décadas e meia de vida é que a tal expectativa é uma merda! Mas como não tê-las? Viver sem sonhos? Jamais (ainda mais para uma pisciana!)!
Já que citei a infância, lembra daquelas brincadeiras que você escrevia 3 nomes de meninos, 3 cidades, 3 profissões, 3 carros, e se seria pobre, rico ou milionário? Pois é...vamos à análise dos resultados:
1) Obviamente não me casei com 22 anos, idade que minha mãe se casou, e que eu adotava como meta. Desvio padrão de erro de 13 anos até o momento, com grandes chances de aumento.
2) Como não casei, podia pelo menos estar namorando um dos meninos citados na brincadeira...errei bonito na escolha do Ricky do menudo, que hoje se chama Ricky Martin e vive feliz em um casamento gay com filhos gêmeos adotados...pior ainda o Rafael do Polegar, mais conhecido como Rafael Pilha, que após se afundar nas drogas, virou cantor gospel...provavelmente o terceiro era algum paquerinha da escola, o que me dá crise de riso só de pensar nas possibilidades...rs gostaria muito de afirmar que evoluí nas escolhas de paqueras ao longo destes anos, mas infelizmente não tenho tanta certeza assim...rsrs
3) Ok, São Paulo sempre esteve entre as minhas cidades selecionadas, por eu ter nascido aqui. Rio Preto era a outra opção, e provavelmente a terceira era Orlando por causa da Disney. Digamos que este era o fator mais coerente da brincadeira, mas hoje, conhecendo bem mais o mundo, seria quase impossível elencar apenas 3 lugares.
4) Eu não me tornei atriz, muito menos cantora...mas depois de velha eu acabei passando bem perto da opção de ser paquita! ahahahaha quem diria, trabalhar com a Xuxa até pouco mais de 2 anos me pareceu a opção menos provável de todas!
5) Eu nunca dirigi um Diplomata, uma limousine ou um trailler. #chatiada (sim, eu sempre quis ter um trailler!).
6) Pobre, rico ou milionário? Isso é tão relativo...provavelmente o milionário daquela época é o pobre de hoje, e vice-versa. Se eu pudesse escolher, queria que nosso país nos proporcionasse melhores condições para os empresários e trabalhadores ricos, pobres e milionários, e não termos que pagar tanto imposto sem retorno, isso realmente é uma expectativa frustrada...
Enfim, essa brincadeirinha só prova o quanto a gente muda, e junto mudam também nossas expectativas e desejos. Frustrações ocorrem, são parte da nossa evolução, mas também acontece muita coisa surpreendentemente maravilhosa. Estou feliz com meus 35 anos, sempre procuro pensar na quantidade de pessoas que, por alguma fatalidade, não consegue chegar até a idade que estou fazendo...e agradeço muito a Deus pela oportunidade, e mais ainda de estar rodeada de pessoas que amo.
Um brinde às expectativas...ruim com elas, pior sem elas!